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VIVER E NÃO SOBREVIVER

VIVER E NÃO SOBREVIVER

18
Jan23

Viver off grid

EU SOU EU SOU

Nas minhas inúmeras pesquisas por agricultura biológica, permacultura e afins, deparei-me com este conceito: viver off grid. Este tema tem pano para mangas!

Viver na matrix como deveríamos saber, porém apenas um punhado de poucas pessoas tem consciência, é viver a vida que a maioria da humanidade vive. Nasce, cresce, vai para escola, estudar(alguns tem de se individar para isso ser possível), começar a trabalhar e virar consumidor (muitas coisas você nem sequer precisa e nem tem consciência de analisar isso), compra carro e casa (endivida-se mais e passa uma vida a tentar pagar isso), reforma-se já idoso e talvez doente e depois morre. The end. Há até quem diga que isto é a escravatura dos tempos modernos- trocar tempo ( o seu tempo de vida) por dinheiro através do trabalho.

Para este sistema poder ser implementado e você estar"disponível" para trabalhar, foi necessário que uma série de necessidades fossem asseguradas por terceiros, designadamente: fornecimento de água, esgotos, luz, alimentação, gás, transportes... Tudo isso atualmente está nas mãos de empresas com monopólios fortemente ligadas ao poder público. Você está à mercê destas empresas! Pois viver em sociedade é ter de trabalhar. Para ter esses serviços tem de pagar o preço que essas empresas quiserem. Numa situação de catástrofe, se esses serviços forem interrompidos, você poderá passar por muitas necessidades e até morrer!

Todos sabemos que na sociedade primitiva as pessoas tinham de ter tempo para cultivar os próprios alimentos, buscar água aos poços, fontes e rios, despejar ou enterrar os dejetos, e eram criados animais uns para alimento e outros para transporte. Com a industrialização começou-se a produção em massa graças a grandes evoluções tecnológicas. As pessoas puderam ter acesso a bens outrora exclusivos de classes abastadas.

Podíamos ter ficado por aqui: uma produção ajustada às reais necessidades das pessoas! Mas não!

 Houve a acumulação de capital nas mãos de grandes empresários.Estes rápidamente viram que se atingiu um ponto de consumo estagnado. Ora isso não podia acontecer pois a maquinaria decorrente da evolução tecnológica permitia ritmos interruptos de produção - era necessário escoar os excedentes! Para quê? Para ganharem mais dinheiro! Surgiu o marketing e publicidade e a criação de "necessidades" nas pessoas. Para quê ter um chapéu, um par de botas? Pode ter vários, de várias cores! A moda ajudou imenso a incrementar necessidades artificiais nas pessoas!

Avós, pais, netos todos mais ou menos seguem este roteiro.

Porém, mundo fora em meados do séculos passado, começaram a surgir um número crescente de pessoas que analisando este sistema de vida em sociedade decidem viver OFF GRID. Decidem deixar aglomerados populacionais grandes e comprar terra agrícola. Decidem abdicar de algumas comodidades modernas para viverem em maior LIBERDADE. Libertarem-se da dívida e serem donos da própria vida e.. tempo! E a liberdade tem um preço! Mas a escravatura também tem!

Viver off grid é mais do que viver em meio rural de forma auto suficiente, ou produzir grande parte dos próprios alimentos, não ter luz da companhia (usar painéis solares, moinhos de vento ou a força motriz dos rios), ter horta medicinal e aromática, conservar e preservar alimentos, ter WC de compostagem, água de furo ou poço, ter lareiras e salamandras para aquecimento, ou até mesmo construir a própria casa com madeira, barro, tijolos de adobe ou kobe. Viver off grid é mesmo uma filosofia de vida!

É estar conectado com a natureza do local onde vive, os seus ciclos e estações. É viver focado em ligação com a comunidade local (habitantes, outros produtores) por oposição à ligação digital à comunidade global.

É viver em sustentabilidade e respeito pelo planeta, evitando desperdícios, consumismo, aplicação de agrotóxicos. inventando e reinventado formas e sistemas que lhe permitam rentabilizar recursos.

Por último, apresento aqui dois vídeos que ilustram o que vos acabei de falar... Dá muito que pensar!

E aqui um casal com dois filhos. :)

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